Aviso: Está prestes a ler um texto com Humor Negro. O conteúdo do mesmo poderá chocar os mais sensíveis.
Ganhei recentemente o medo parental, vivo apavorado com a ideia de um dia poder ser pai. Não interpretem mal! Eu gosto de crianças e também não duvido das minhas futuras capacidades paternais. Mas se ele é feio? O que é que faço com ele? É que se fosse muito burro, ele teria sempre um futuro no desporto, na portaria de discotecas ou até em Reality Shows. Mas se ele é feio?
Não consigo imaginar a minha reacção ao vê-lo pela primeira vez. –“Humm… O que é isto? –“Está a vê-lo ao contrário” –“Ahhh! Fico mais descansado!... Humm… Afinal prefiro no outro sentido! Agora a sério! Onde está o verdadeiro? É mesmo este? Não dá para devolver? Está novinho em folha!” E o que dizer a minha esposa quando me perguntar o que acho do bebé: -“Então nosso filho? É lindo?”-“Humm… Como dizê-lo… Humm… Lembraste aquele magnífico doce que fizeste para o meu aniversário?” –“Estava mesmo bonito!”-“Sim, mas o teu filho…” –“O nosso!”-“Pois… Não consigo ver as parecenças! O bebé ficou muito parecido com o doce depois de ter caído ao chão!”
Se todos os bebés são lindos, estou sinceramente preocupado com o futuro deste. Dizem que bebés feios podem vir a ficarem bonito. Mas quando? De certeza que entraria todas manhãs no quarto do rebento com a esperança da magia ter acontecido. “Olá… Fogo… Ainda não foi desta!”

Como mais vale prevenir que remediar e evitar esse tipo de situações delicadas, decidi tomar uma decisão drástica. Todos dias faço uma vasectomia manual, a chamada a masturbação preventiva. Tenho a perfeita noção do meu charme e sei que qualquer aproximação feminina pode terminar em procriação. Portanto, e sempre que posso masturbo-me. Masturbo-me antes de levar o lixo. Masturbo-me antes de ir passear o cão. Masturbo-me por tudo e por nada! Assim não corro riscos desnecessários.
Tenho um encontro logo a noite, vou tomar um banhinho e claro… Mas antes tenho de tirar este saco da cabeça.
Darth Parvor © 2014
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