terça-feira, 28 de outubro de 2014

A Parvoíce Idiota


“A febre tifoide é uma doença terrível: ou se morre, ou se fica idiota. Disso percebo alguma coisa: eu tive-a.”

Maréchal Patrice de MAC-MAHON

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A Parvoíce Mortífera


“A morte não me impressiona, com efeito, eu mesmo tenho a intenção muito concreta de morrer um dia.”

Bernard Shaw

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Meu Filho é um Surfista de Tsunamis

Aviso: Está prestes a ler um texto com Humor Negro. O conteúdo do mesmo poderá chocar os mais sensíveis.

Depois de tantos a recear a paternidade, não por duvidar das minhas qualidade paternais, mas assustado com a fronha horripilante que o miúdo pudesse vir a ter, aconteceu o impensável. Os meus soldados reprodutivos bateram definitivamente em retirada. É preciso ter azar! Logo quando estava decidido em brindar o mundo com a minha prole.

Segundo os médicos, as minhas repetidas acções previdentes prejudicaram as minhas capacidades reprodutivas. Queriam que eu pensasse que demasiada masturbação preventiva não é saudável e que foi a causadora da minha incapacidade gerativa. Mas eu não sou parvo! Eu sabia que estavam enganados! E isso verificou-se quando nasceu a minha filha, estranhamente parecida com o meu vizinho angolano.

Com a minha suposta dificuldade em poder ter filhos, muito antes de nascer a minha filha, a minha esposa (Sim! É verdade! Uma mulher casou-se voluntariamente comigo! E não era uma imigrante em busca da nacionalidade lusa! Na altura era alcoólica!) e eu decidimos adoptar uma criança. Como tenho uma faceta humanitária adoptamos uma criança de um país longínquo. E assim o nosso filho chegou da Ásia. Insisti que fosse asiático por motivos físicos, no intuito de ter algum ponto em comum comigo. Eu não tenho olhos em bico e sou moreno, mas o meu… Pronto… Acho que perceberam a ideia.

Anos depois, e com o nosso quarteto familiar já formado, li uma notícia que poderia ter destruído as nossas vidas. Segundo um estudo antropológico uma família ideal é constituída pelos pais e duas filhas. Que desenvolvimento inesperado! Vou ter de devolver o Joaquim! Eu gosto muito dele! É bom a fazer a minha contabilidade e sushi, mas o bem-estar da família está em primeiro. Ele vai entender! Espero bem que não se arma em egoísta.

-“Senta-te Quim! Tenho de falar contigo! Vais voltar para o Japão! Mas sozinho! Não tenho nada contra ti! É por causa daquela notícia! Infelizmente não vais voltar a ver a tua irmãzinha japonesa. Fizemos uma troca. Vais para la e ela vem para cá. Vais adorar aquilo! O sítio para onde vais é muito mexido, um abano constante. E tu que não gostes de ficar parado, vais delirar. Até gritar. Principalmente quando estiveres a fugir das ondas gigantes. Falando disso, a tua mãe, quero dizer a Dona Beatriz, e eu decidido comprar te uma prancha de surf. Afinal é o melhor meio de transporte para andar por lá. Eu sei que tens medo do escuro mas não te preocupes com isso! A noite brilham todos, tal como os teus bonecos fluorescentes! E já não vale a pena continuar a chamar-te Quim! O teu nome de nascimento é Son Goku! E com sorte, e pouco de tempo passado na tua cidade natal, podes vir a ter uma cauda tal como o herói do Dragon Ball! Já me esquecia de te dizer o nome do sítio para onde vais. É Fukushima!”

Com anos de transporte públicos através da prancha que lhe oferecermos. O Quim tornou-se num grande surfista de tsunamis.


Darth Parvor ©

terça-feira, 14 de outubro de 2014

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

E se Ele é Feio?

Aviso: Está prestes a ler um texto com Humor Negro. O conteúdo do mesmo poderá chocar os mais sensíveis.

Ganhei recentemente o medo parental, vivo apavorado com a ideia de um dia poder ser pai. Não interpretem mal! Eu gosto de crianças e também não duvido das minhas futuras capacidades paternais. Mas se ele é feio? O que é que faço com ele? É que se fosse muito burro, ele teria sempre um futuro no desporto, na portaria de discotecas ou até em Reality Shows. Mas se ele é feio?

Não consigo imaginar a minha reacção ao vê-lo pela primeira vez. –“Humm… O que é isto? –“Está a vê-lo ao contrário” –“Ahhh! Fico mais descansado!... Humm… Afinal prefiro no outro sentido! Agora a sério! Onde está o verdadeiro? É mesmo este? Não dá para devolver? Está novinho em folha!” E o que dizer a minha esposa quando me perguntar o que acho do bebé: -“Então nosso filho? É lindo?”-“Humm… Como dizê-lo… Humm… Lembraste aquele magnífico doce que fizeste para o meu aniversário?” –“Estava mesmo bonito!”-“Sim, mas o teu filho…” –“O nosso!”-“Pois… Não consigo ver as parecenças! O bebé ficou muito parecido com o doce depois de ter caído ao chão!”

Se todos os bebés são lindos, estou sinceramente preocupado com o futuro deste. Dizem que bebés feios podem vir a ficarem bonito. Mas quando? De certeza que entraria todas manhãs no quarto do rebento com a esperança da magia ter acontecido. “Olá… Fogo… Ainda não foi desta!”

E se um dia vira-se para mim e pergunta-me se o acho bonito, o que faço? Minto? Digo a verdade? Claro que digo a verdade. -“Diz-me papá! Sou bonito?”-“Humm… Não! Mas tens o sentido de humor!”-“Gostas de mim na mesma?” –“Humm... Não!  Humm... Gosto... Mas não tanto como se não fosses tão feio! Vá la brincar… Pega na bola e vai jogar para o cruzamento!”

Como mais vale prevenir que remediar e evitar esse tipo de situações delicadas, decidi tomar uma decisão drástica. Todos dias faço uma vasectomia manual, a chamada a masturbação preventiva. Tenho a perfeita noção do meu charme e sei que qualquer aproximação feminina pode terminar em procriação. Portanto, e sempre que posso masturbo-me. Masturbo-me antes de levar o lixo. Masturbo-me antes de ir passear o cão. Masturbo-me por tudo e por nada! Assim não corro riscos desnecessários.

Tenho um encontro logo a noite, vou tomar um banhinho e claro… Mas antes tenho de tirar este saco da cabeça.

Darth Parvor © 2014

terça-feira, 7 de outubro de 2014

A Parvoíce Testamentária


Deixo todos os meus bens à minha esposa, na condição de voltar a casar-se. Assim, serão dois a lamentar a minha morte.”

Paul Scarron

domingo, 5 de outubro de 2014

A Parvoíce do Cogumelo (2)

No bar, um bêbado desabafa com um amigo:
— Tive três mulheres... As três morreram...
— A sério? — pergunta o amigo, assustado — Mas como isso pôde acontecer?
— A primeira comeu um cogumelo envenenado...
— Cogumelo envenenado? Que azar... E a segunda?
— Também comeu um cogumelo envenenado!
— Estás a brincando!? Vais dizer que a terceira também comeu um cogumelo envenenado?
— Não... A terceira levou um enxerto de porrada, porque não quis comer o cogumelo envenenado!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A Parvoíce Natalícia

- Papá, porque é que já estás a fazer a árvore de Natal se ainda só estamos em Junho? 
- Com essa leucemia achas mesmo que chegas a Dezembro?!

A Parvoíce Obscura #18